Tipos de sujeito
Os tipos de sujeito são:
- simples;
- composto;
- oculto, elíptico ou desinencial;
- indeterminado;
- inexistente ou oração sem sujeito.
O sujeito é um termo essencial da oração. Ele pode ser compreendido como o ser de quem se declara algo, o qual também pode praticar ou sofrer a ação verbal.
Leia também: Qual a relação entre sujeito e predicado?
Resumo sobre os tipos de sujeito
- Tipos de sujeito são as possíveis classificações do sujeito, termo essencial da oração e o ser de quem se fala, o qual pode praticar ou sofrer a ação verbal.
- Existem diferentes classificações para o sujeito, são elas: simples, composto, oculto, indeterminado e inexistente.
- O sujeito simples apresenta apenas um núcleo.
- O sujeito composto apresenta dois ou mais núcleos.
- O sujeito oculto não está explícito e é identificado pela conjugação verbal.
- O sujeito indeterminado é aquele que não pode ser identificado, embora existente.
- O sujeito inexistente ocorre em verbos impessoais.
Quais são os tipos de sujeito?
→ Sujeito simples
O sujeito simples é o tipo de sujeito em que há somente um núcleo, independentemente de ser um sujeito singular ou plural.
A menina de vestido azul brincava alegremente no quintal da casa dos avós durante a tarde ensolarada.
No exemplo acima, embora o sujeito seja todo o sintagma sublinhado, ele possui apenas um núcleo, o substantivo “menina”.
Para saber mais sobre o sujeito simples, clique aqui.
→ Sujeito composto
O sujeito composto é o tipo de sujeito em que há dois ou mais núcleos.
Minha mãe, meu pai e meus irmãos organizaram uma festa surpresa maravilhosa para comemorar meu aniversário.
No exemplo acima, o sujeito é todo o sintagma sublinhado, mas os núcleos do sujeito são três, os substantivos “mãe”, “pai” e “irmãos”.
→ Sujeito oculto, elíptico ou desinencial
O sujeito oculto é o tipo de sujeito que não está explícito na frase, mas que pode ser recuperado pelo contexto ou pela flexão verbal.
Estudamos durante horas ontem à noite para a prova de física. (nós)
Cheguei ao trabalho mais cedo hoje para preparar a reunião. (eu)
Nos exemplos acima, o sujeito não está explícito, mas ele pode ser inferido por meio da conjugação verbal, ou seja, “nós estudamos” e “eu cheguei”.
→ Sujeito indeterminado
O sujeito indeterminado é aquele que não é identificável precisamente na frase ou no contexto, mas que existe. Ele pode ser utilizado para deixar o discurso mais impessoal. Há apenas duas formas de o sujeito ser indeterminado: 1. quando o verbo está na terceira pessoa do singular (ele/ela) + a partícula “se” (Fala-se.); 2. quando o verbo está na terceira pessoa do plural (eles/elas) sem nenhuma partícula (Falam.).
Dizem que aquele antigo casarão é mal-assombrado por espíritos de antigos moradores.
Precisa-se urgentemente de profissionais qualificados para atuarem na área da saúde pública.
No primeiro exemplo, o verbo não apresenta sujeito explícito e está conjugado na terceira pessoa do plural. No segundo exemplo, o verbo também não apresenta sujeito explícito e está conjugado na terceira pessoa do singular e acompanhado da partícula “se”. Portanto, em ambas as situações, trata-se de uma indeterminação do sujeito.
→ Sujeito inexistente ou oração sem sujeito
O sujeito inexistente é um conceito aplicado às orações que apresentam verbos impessoais, ou seja, verbos que não podem ser associados a nenhum sujeito. Os verbos que podem ser considerados impessoais são os que indicam fenômenos da natureza, aqueles que indicam agem de tempo ou ainda o verbo “haver” quando tiver sentido de “existir”.
Choveu forte durante toda a madrugada, alagando várias ruas da cidade.
Havia muitos problemas a serem resolvidos antes do início do evento.
No primeiro exemplo, a oração apresenta um verbo de fenômeno da natureza em seu sentido literal, ou seja, na forma impessoal, pois nenhum sujeito pratica a ação de chover. No segundo exemplo, o verbo “haver” é utilizado com o sentido de “existir”, isto é, “existem muitos problemas”, por isso também é impessoal.
Para saber mais sobre o sujeito inexistente ou a oração sem sujeito, clique aqui.
Como identificar os tipos de sujeito?
Para identificar os tipos de sujeitos, é importante seguir a seguinte linha de raciocínio:
- Primeiramente deve-se verificar se o sujeito está explícito na oração.
- Em caso afirmativo, identifica-se se há um ou mais núcleos no sujeito, para assim classificá-lo em simples (um núcleo) ou composto (dois ou mais núcleos).
- Caso o sujeito não esteja explícito, verifica-se o verbo para constatar se é impessoal, ou seja, se indica fenômenos da natureza, tempo decorrido, ou se se utiliza o verbo “haver” com sentido de existir, para, neste caso, classificá-lo como oração sem sujeito.
- Caso o verbo seja pessoal, mas não apresente sujeito explícito, verifica-se se ele está conjugado em terceira pessoa do plural ou terceira pessoa do singular mais a partícula “se”, pois, dessa forma, trata-se de sujeito indeterminado.
- Nos verbos conjugados em primeira e segunda pessoa, e naqueles conjugados em terceira pessoa do singular sem partícula a partícula “se”, em que não há sujeito explícito, classifica-se como sujeito oculto ou desinencial, pois é identificado por meio da conjugação verbal.
Exercícios resolvidos sobre tipos de sujeito
Questão1
(Uece) A identificação do tipo de sujeito está correta em
A) “Eu sou da paz.” — sujeito oculto.
B) “Srs. Bandidos: podem agir sem medo de encontrar alguém armado.” — sujeito composto.
C) “É a lei do desarmamento garantindo a sua segurança.” — sujeito indeterminado.
D) “Aqui nesta residência não há armas.” — oração sem sujeito.
Resolução:
Alternativa D.
A alternativa correta é a D, pois o verbo “haver”, nessa frase, tem sentido de “existir”, logo, é impessoal e, portanto, é uma oração sem sujeito.
Questão 2
(Instituto de istração e Tecnologia) Com relação aos termos essenciais da oração, ao analisar a frase:
“Assaltaram a padaria do português ontem à noite.”
Pode-se dizer que o sujeito dessa oração é:
A) simples.
B) inexistente.
C) indeterminado.
D) oculto.
Resolução:
Alternativa C.
A alternativa correta é C, pois o verbo “Assaltaram” não apresenta sujeito explícito e está conjugado na terceira pessoa do plural, logo, classifica-se como indeterminado.
Fontes
Bechara, Evanildo. Gramática fácil. 4.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2021.
Cegalla, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. Companhia Editora Nacional, s/d.
Cunha, Celso; Cintra, Luís F. L. Nova gramática do português contemporâneo. 5.ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008.
Cunha, Celso. Nova gramática do português contemporâneo [recurso eletrônico]. 7.ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2017.
